JOSÉ SILTON PINHEIRO ,nasceu em 31 de maio de 1948 no sítio
Pium de Cima, município de São José de Mipibu, Rio Grande do Norte, filho de
Milton Gomes Pinheiro e Severina Gomes Pinheiro.
ATIVIDADES
Silton viveu até 06 anos de idade no
sítio onde nasceu. Depois transferiu-se para a cidade de Monte Alegre, na qual
ficou até completar 10 anos de idade. A partir daí radicou-se na capital,
Natal. O curso primário foi concluído no Instituto Sagrada Família. Terminou o
curso ginasial no Colégio Santo Antonio, dos Irmãos Maristas, em 1966. Iniciou
o curso clássico no Colégio Estadual Padre Miguelinho, finalizando-o no Atheneu
Norteriograndense. Em 1964, começa sua militância política no movimento
estudantil, tendo sido eleito presidente do Diretório Marista de Natal, que
logo depois do golpe militar passou a ser denominado Grêmio Marista de Natal.
Jovem cheio de alegria, senso de humor e com grande facilidade de fazer amigos,
tinha carinho especial pelas crianças. Em 1970, ingressa na Faculdade de
Pedagogia da UFRN. Neste mesmo ano incorpora-se ao Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário (PCBR ). Em função da perseguição política movida pela ditadura
militar em 1972 é obrigado a entrar na clandestinidade. Silton é deslocado para
Recife/PE e posteriormente para o Rio de Janeiro, onde continua sua atividade
política dentro do partido.
CIRCUNSTÂNCIAS DA PRISÃO E MORTE
Foi morto, sob torturas, no dia 29 de
dezembro de 1972, juntamente com os seus companheiros de partido: Fernando
Augusto da Fonseca, Getúlio Oliveira Cabral e José Bartolomeu de Souza, no Rio
de Janeiro. Foi montado pela repressão política um "teatrinho" para
justificar a morte dos jovens revolucionários, como se tivesse ocorrida em
tiroteio com os agentes da ditadura. Seu corpo foi encontrado totalmente
carbonizado, num automóvel Volkswagem à rua Grajaú, no. 321. Obviamente os
corpos estavam nesse estado com o fim de ocultar as marcas das sevícias a que
foram submetidos. No verso de sua Certidão de Óbito firmada pelo legista da
repressão Roberto Blanco dos Santos, foi colocada a frase: "Inimigo da
pátria" (terrorista), revelando o ódio dos seus algozes para com ele. Seu
corpo foi sepultado no cemitério de Ricardo Albuquerque, em 06 de fevereiro de
1973, na cova no. 22.706, quadra 21.
SITUAÇÃO ATUAL
Em 20 de março de 1978, seus restos
mortais foram transferidos para um ossário geral e em 1980\1981 foram para uma
vala clandestina, junto com 2.000 ossadas de indigentes. No contexto da Lei no.
9140\95, sua família está buscando o reconhecimento oficial da responsabilidade
da União pela morte de José Silton Pinheiro.
FONTE –
DHNET DIREITOS HUMANOS
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